quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Garoto britânico conta como sobreviveu a ataque de urso-polar (Postado por Erick Oliveira)

Um jovem britânico de 16 anos relatou à BBC como sobreviveu por pouco a um ataque de um urso-polar, em episódio que resultou na morte de um de seus colegas durante uma expedição ao Ártico norueguês no início de agosto.
Patrick Flinders disse que ele e seus colegas de viagem, membros da Sociedade Britânica de Expedição Escolar (BSES, na sigla em inglês), estavam dormindo em um acampamento quando ouviram sons de rasgos nas barracas que os abrigavam.
'Pensamos que era alguma brincadeira, então voltamos a dormir. Até que (o urso) rasgou a barraca, que desabou. Começamos a gritar', contou Patrick, que chegou a ser agarrado pelo urso e bateu nele para tentar se salvar.
'O urso me arranhou e mordeu minha cabeça, enquanto eu batia nele para tentar me livrar, senti meu crânio partindo', relatou o jovem. 'Ouvi Scott (um dos jovens presentes na expedição) correr, daí o urso me largou e eu ouvi um tiro.' O disparo, feito por um dos líderes da expedição, matou o urso.
Horace Chapple, de 17 anos, um dos integrantes do grupo, morreu durante o ataque. Além de Patrick, três pessoas ficaram feridas.
Trauma
Patrick disse que sofreu fraturas no crânio, no maxilar, teve parte de sua orelha arrancada e que ainda carrega hematomas e marcas de mordidas no corpo.
Questionado sobre como está se recuperando do trauma, ele disse que, tem simplesmente tentado conversar a respeito. Mas, 'quando estou sozinho, revejo (o ataque) na minha mente'.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

William e Kate visitam cidade atingida por distúrbios na Inglaterra (Postado por Erick Oliveira)

O príncipe William e sua esposa Kate visitaram nesta sexta-feira (19) a cidade de Birmingham, no centro do Reino Unido, onde três muçulmanos foram mortos na semana passada durante a onda de violência que atingiu várias cidades da Inglaterra durante quatro dias.
O duque e a duquesa de Cambridge conversaram com os pais dos jovens que foram atropelados por um carro em 9 de agosto, quando ajudavam a proteger as lojas e mesquitas de seu bairro dos saques.
Também se reuniram com chefes dos serviços de emergência, autoridades, empresários e vizinhos de um centro comunitário situado no bairro de Winson Green, perto do local da tragédia.
A visita de William a esta cidade do centro da Inglaterra é a terceira de um membro da família real a uma zona atingida pelos distúrbios.
Na quarta (17), o príncipe Charles percorreu vários bairros de Londres junto com sua esposa Camila, entre eles Tottenham, onde, em 6 de agosto, explodiu a onda de violência, e na quinta-feira foi a vez de seu irmão mais novo, Harry, que esteve com policiais, bombeiros e paramédicos em Manchester (noroeste).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Polícia britânica prende repórter de Hollywood por escuta ilegal (Postado por Erick Oliveira)

A polícia britânica que investiga um escândalo de escutas ilegais do extinto tabloide "News of the World", do magnata Rupert Murdoch, prendeu um importante repórter do jornal que cobria Hollywood, James Desborough, disse uma fonte próxima à investigação.
A polícia disse que prendeu um homem de 38 anos, suspeito de conspirar para interceptar comunicações, depois de ele se apresentar a uma delegacia no sul de Londres na manhã de quinta-feira (18), com hora marcada.
Desborough entrou para o "News of the World" em 2005 como repórter de showbusiness e geral, e foi promovido a editor nos Estados Unidos, com base em Los Angeles, em 2009. Ele trabalhava para o tabloide de Murdoch até o fechamento deste no mês passado.
O site do jornal "The Guardian" disse que as alegações estavam possivelmente relacionadas aos eventos antes de Desborough ter sido enviado para os Estados Unidos.
Agências americanas estão investigando se as atividades de escutas ilegais de telefone do News of the World se estenderam para os Estados Unidos. Até agora não encontraram evidências de que isso tenha ocorrido.
Essa é a 13ª prisão este ano em um inquérito que abalou a empresa do News of the World, a News Corp., de Murdoch, e teve implicações para o establishment britânico.
Uma porta-voz do ramo de jornais britânicos da News Corp., a News International, disse que a empresa estava cooperando totalmente com a polícia e que não poderia fazer mais comentários por causa da investigação policial.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ex-repórter publica carta com novas denúncias contra o News Inc. (Postado por Erick Oliveira)

O magnata Rupert Murdoch, dono do conglomerado de mídia britânico News Inc., o filho dele, James Murdoch, e o ex-editor Andy Coulson, que trabalhava no grupo, enfrentam sérias novas acusações no caso das escutas ilegais do tabloide "News of the World", após uma carta bombástica de um ex-repórter do tabloide ser publicada nesta terça-feira (16), de acordo com o jornal britânico "The Guardian".
A carta de Clive Goodman, que fazia cobertura exclusiva da família real britânica para o tabloide, teria sido escrita quatro anos atrás, mas só agora veio à tona. O texto afirma que as escutas telefônicas ilegais eram "vastamente discutidas" nas reuniões editoriais do "NOTW", até que o próprio Goodman baniu que fossem feitas novas referências à prática.
Ele também teria escrito que recebeu a proposta de manter seu emprego caso concordasse em não denunciar o jornal quando fosse à corte, e que escutas ilegais foram feitas "com o total conhecimento e apoio" de outros jornalistas seniores.
As acusações podem trazer complicações ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que contratou Goodman após a saída dele do tabloide e depois alegou que o fez porque Goodman nada sabia sobre o caso das escutas.
A firma de advocacia dos Murdoch fez uma carta em resposta às acusações, dizendo que elas dificilmente teriam qualquer crédito, que falam em benefício próprio de Goodman, e que seu conteúdo é "impreciso e enganoso.
As cartas de Goodman e da firma de advocacia foram publicadas nesta terça (16), em meio a outros documentos, pelo comitê de cultura, mídia e esportes do Parlamento Britânico. O parlamentar Tom Watson, um dos membros do comitê, disse em entrevista ao "The Guardian" que o conteúdo é "absolutamente devastador".
"A carta de Clive Goodman é a peça mais importante de evidência revelada até o momento. Ela remove qualquer defesa da News International (braço da News Inc. responsável pelos jornais do grupo). Esta é uma das maiores encobertas que já vi na vida", afirmou.
O texto de Goodman está datada em 2 de março de 2007, pouco depois de o autor ser libertado de um período de quatro meses na prisão. Ele era endereçado ao diretor de recursos humanos da News International, Daniel Cloke, e registrava sua indignação contra a decisão da companhia em demiti-lo por conduta inadequada quando ele admitiu ter interceptado mensagens telefônicas de três membros da família real, o que lhe rendeu o período preso.
Pagamento
Segundo o jornal britânico, a companhia de Murdoch enfrenta uma nova queixa, de que teria tentado enganar o parlamento ao afirmar que Goodman não recebeu mais do que 60 mil libras na ocasião de sua demissão. Os documentos publicados pela comissão mostram, no entanto, que o ex-repórter teria recebido mais de 240 mil libras, referentes a um ano de salário, compensação e custos de advocacia.
Os advogados dos Murdoch afirmam desde o início que o valor pago não se tra tratava de dinheiro para comprar o silêncio de Goodman.

domingo, 14 de agosto de 2011

O berço neoliberal: a Inglaterra de Tatcher a Tottenham (Carta Maior)

Os distúrbios de rua que sacudiram Londres e outras cidades inglesas nos últimos dias representam mais um capítulo da jornada de protestos que vem atingindo diversos desde o final de 2010. Dos protestos no Egito aos saques em Londres, há um percurso que, se por um lado apresenta diferenças e características próprias a cada país, por outro, trazem um elemento comum: a crise econômica e financeira internacional iniciada em 2008 está cobrando seu preço. O fracasso retumbante do modelo neoliberal de desregulamentação e enfraquecimento do Estado aparece nas ruas hoje como falta de emprego, moradia, vida digna e perspectiva de futuro. Não é irrelevante o fato de que esse modelo que agora sangra nas ruas nasceu em larga medida da Inglaterra de Margaret Thatcher. Conforme mostra matéria do correspondente da Carta Maior em Londres, Marcelo Justo, os protestos dos últimos dias não começaram em Tottenham por acaso: Tottenham é a zona com o maior nível de desemprego de Londres e uma das dez mais pobres do Reino Unido. Com 75% de cortes no orçamento do bairro, desapareceram os clubes juvenis, essenciais durante o verão e as férias escolares. Com tanto tempo livre nas mãos, com uma desigualdade onde as receitas dos mais ricos cresceram 273 vezes mais que as dos mais pobres, em uma sociedade na qual o dinheiro se converteu em valor supremo, surpreende realmente que estes fatos ocorram?

Distúrbios de rua são novo golpe para David Cameron
Os distúrbios se converteram em uma prova de fogo para o governo de David Cameron, que já havia sido atingido pelo escândalo das escutas telefônicas e pela crise econômica. Em uma tentativa de recuperar a iniciativa em uma crise que o encontrou em férias na Toscana, o primeiro ministro indicou que estavam estudando medidas para impedir que se usem as redes sociais para incitar a “violência, desor dem ou atos criminosos”, o aumento das penas e um sistema para avançar com programas contra a cultura das gangues violentas. A reportagem é de Marcelo Justo, correspondente da Carta Maior em Londres.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/08/2011
Distúrbios em Londres: os limites da linha dura
Tottenham, ponto de partida dos distúrbios no sábado passado, é a zona com o maior nível de desemprego de Londres e uma das dez mais pobres do Reino Unido. Com 75% de cortes no orçamento do bairro, desapareceram os clubes juvenis, essenciais durante o verão e as férias escolares. Com tanto tempo livre nas mãos, com uma desigualdade onde as receitas dos mais ricos cresceram 273 vezes mais que as dos mais pobres, em uma sociedade na qual o dinheiro se converteu em valor supremo, surpreende realmente que estes fatos ocorram?
> LEIA MAIS | Internacional | 12/08/2011
Londres: por que aqui, por que agora?
Por que são sempre as mesmas áreas que se insurgem primeiro, o que quer que seja a causa? Pura coincidência? Estará relacionado com a raça, a classe, a pobreza institucionalizada e a tristeza da vida difícil do dia-a-dia? Não importa o Partido, não importa a cor de pele do deputado, eles reproduzem sempre os mesmos clichês. O artigo é de Tariq Ali.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/08/2011
"Violência dos últimos dias é uma questão social"
O lojista Ken Smith tem a sua explicação para os protestos que fizeram o mundo todo virar os olhos para Londres, embora ela não seja simples. Para ele, há diversas causas escondidas no que muitos vêem apenas vandalismo e que começou sábado (6) como um protesto legítimo contra o suposto assassinato de um homem por agentes da Scotland Yard, a polícia britânica, na quinta-feira pass ada, no bairro de Tottenham, que registra altos índices de desemprego.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/08/2011
Explode panela de pressão social nos subúrbios de Londres
Rebelião, quebra-quebra e saques nos arredores de Londres certamente não tem nada de organizados, mas são alguns dos primeiros sintomas a emergir da austeridade, da crise e do desemprego que assola a Grã-Bretanha. Uma semana antes dos eventos que entram para a história de Londres como as piores rebeliões em quase três décadas, um jovem negro da comunidade de Tottenham alertava, em um ví ;deo produzido pelo The Guardian, para a grande panela de pressão que tinham se tornado, principalmente, as ruas dos subúrbios londrinos. A reportagem é de Wilson Sobrinho, direto de Londres.
> LEIA MAIS | Internacional | 08/08/2011
Multidão protesta em Londres contra cortes nos serviços públicos
Mais de 300 mil pessoas foram às ruas da capital britânica neste sábado para se opor aos planos do governo de cortes de gastos públicos, na maior manifestação popular do gênero em décadas. “Eu nasci em 1945, no final da guerra, então eu cresci com educação pública e gratuita, eu fui para a universidade, eu tive acesso à saúde pública por t oda minha vida e tudo isso agora está indo com os planos do governo, que são um assalto ideológico à esfera pública”, disse à Carta Maior a professora Harriet Bradley, da Universidade de Bristol.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/03/2011
A morte da Europa Social
A história da Europa dependerá de como ela lidará com esta crise; se segue o curso pacífico do benefício mútuo e prosperidade econômica tão apreciados nos manuais de ciência econômica, ou se segue a espiral baixista da austeridade, que tanto tem tornado impopulares os planejadores do FMI, nas economias devedoras. É nesse barco que a Europa embarcará? Esse é o destino do projeto de uma Europa social, de Jacques Delors? É isso o que os cidadãos da Europa esperavam, quando adotaram o euro? Há uma alternativa, nem é preciso dizer. É que os credores do cume da pirâmide econômica arquem com as perdas. O artigo é de Michael Hudson e Jeffrey Sommers.
> LEIA MAIS | Economia | 15/02/2011
Nova onda de ativismo político cresce na Inglaterra
Uma nova onda de ativismo político cresce na Inglaterra como resposta aos planos de austeridade do governo conservador de David Cameron. Organizadores da Marcha para a Alternativa esperam atrair dezenas de milhares de ativistas de todo o país para o centro de Londres, no dia 26 de março, para pedir mudança nos planos do governo de rápidos e profundos cortes nos gastos públicos, os maiores desde a Segunda Guerra. Coalizão entre Conservadores e liberais democratas anunciou cortes de 80 bilhões de libras no orçamento dos próximos quatros anos. O artigo é de Wilson Sobrinho.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/02/2011
Inglaterra: castiguem os ricos, não os desempregados
Os conservadores lançaram um ataque brutal às pessoas desempregadas para desviar as críticas dos verdadeiros parasitas: os ricos. Na semana passada, o governo anunciou que os desempregados que solicitam auxílio deverão realizar trabalhos não remunerados: caso se neguem a fazê-lo, perderão o subsídio. Os chefes e a imprensa da direita estão encantados. O Daily Mail anunciou com a legria: “Em uma nova ofensiva contra os parasitas sociais, os desempregados irresponsáveis terão que participar de um programa de trabalho exigente, estilo EUA, que incluirá a obrigação de realizar trabalhos de jardinagem, limpeza de lixo e outras tarefas manuais por apenas 1 libra a hora”. O artigo é de Viv Smith.
> LEIA MAIS | Internacional | 16/11/2010
O ocaso da “Terceira Via”
A auto-intitulada “Terceira Via”, em sua tentativa de estabelecer “diálogos” com o neoliberalismo terminou engolida por este. O Trabalhismo inglês não foi capaz de preparar o país para resistir à crise mundial, que arrasou importantes instituições britânicas e ampliou o desemprego e a miséria. Economicamente, além de não blindar a economia brit&acir c;nica, também conduziu o país num ritmo de crescimento que só fez reduzir sua relevância na economia global, reforçando a centralidade da economia alemã no contexto europeu. O artigo é de Tarso Genro e Vinicius Wu.
> LEIA MAIS | Política | 18/05/2010
A exumação do discurso neoliberal na mídia
A endogamia entre a mídia brasileira e as forças políticas do conservadorismo, uma parceria que impôs ao país uma agenda "de reformas" para liberar os mercados e submeter a sociedade, não é um fato isolado e ocorreu em praticamente toda a América Latina. Em 2003, por exemplo, a revista Veja publicou uma edição especial saudando os "campeões do neoliberalismo", Margareth Thatcher e Friedrich von Hayek.
> LEIA MAIS | Economia | 13/10/2008

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Polícia inglesa usa fotos em telão para localizar participantes de distúrbios (Postado por Erick Oliveira)

A polícia de Birmingham apelou para um novo método em sua busca pelos participantes dos distúrbios dos últimos dias: está exibindo suas fotos em um telão instalado em uma caminhonete que percorre esta cidade do centro da Inglaterra.
Desde quinta-feira, cerca de 50 fotografias de suspeitos captadas pelas câmeras de vigilância são exibidas das 7 da manhã às 7 da noite.
O veículo vai parar em todos os principais pontos de Birmingham, a segunda principal cidade da Grã-Bretanha.
"É a primeira vez que este sistema de caminhonete é utilizado para expor fotos de suspeitos pela polícia", indicou o inspetor Mark Rushton no site da polícia local.
"E nós já tivemos uma resposta formidável do público", acrescentou, explicando que a polícia já recebeu mais de 500 ligações e e-mails.
Fotos captadas pela polícia por meio de câmeras de segurança já foram publicadas na imprensa e no site da corporação.
Mais de 1.500 pessoas já foram presas depois dos distúrbios que atingiram o país durante quatro dias.
Para fazer frente ao volume de detidos, os tribunais de Londres, Birmingham (centro) e Manchester (noroeste) decidiram trabalhar as 24 horas do dia e revisar os casos um a um.
O primeiro-ministro britânico David Cameron manifestou o desejo de que as pessoas envolvidas nos distúrbios e saques recebam penas de prisão.
Na noite de quarta-feira, foram presos dois agitadores em Manchester, os primeiros a receber este "castigo".
A grande maioria das pessoas que passou pelo tribunal de Westminster é acusada de roubo, como um agente imobiliário, um jornalista free-lancer e uma bailarina de 17 anos que roeu as unhas, nervosamente, durante toda a audiência.
Outras são julgadas por delitos mais graves, como um grupo de jovens - que se apresentam um a um -, acusados de ter cometido atos violentos no bairro londrino de St. John's Wood na terça-feira.
VítimaPor fim, um homem de 68 anos atacado na segunda-feira em meio aos distúrbios na Grã-Bretanha morreu no hospital, informou nesta sexta a polícia britânica, o que eleva a cinco o número de óbitos em consequência dos confrontos.
Richard Mannington Bowes foi encontrado inconsciente na noite de segunda-feira em Ealing, bairro da periferia oeste de Londres, abalado pela onda de saques.
Bowes foi declarado morto às 23h52 local (19h52 de Brasília) de quinta-feira e já há uma investigação de homicídio, informou a polícia.
"Foi um incidente brutal que teve como resultado a morte estúpida de um homem inocente", declarou o inspetor John MacFarlane.
Os distúrbios que afetaram Londres e outras cidades inglesas foram deflagrados com a morte de um homem de 29 anos, Mark Dugan, baleado pela polícia na semana passada.
Durante os confrontos, um homem morreu baleado na segunda-feira em Croydon, no sul de Londres, e outros três foram atropelados na terça, em Birmingham (centro), quando tentavam proteger seu bairro de saqueadores.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cameron diz que considerará ajuda do Exército em futuros tumultos (Postado por Erick Oliveira)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta quinta-feira (11) numa sessão extraordinária no Parlamento que pode considerar a ajuda do Exército no caso de novos tumultos e depredações nas ruas do Reino Unido, como vistos na última semana. Segundo ele, o número de policiais em Londres continuará em 16 mil até o próximo final de semana.
"É responsabilidade do governo assegurar que qualquer contingência futura seja avaliada, incluindo se há tarefas que o Exército pode assumir que possam liberar mais policiais para a linha de frente", disse Cameron ao Parlamento.
Ele anunciou que o governo também dará à polícia poderes para exigir que as pessoas retirem proteções do rosto. Cameron também disse que todos que tiveram sua loja ou negócio destruído podem pedir indenização. ""Os distúrbios não eram por política nem por protesto, eram para roubar [...] Não é uma questão de pobreza. É uma questão de cultura", disse ele. A maior presença policial e a chuva intensa que caiu na noite desta quarta (10) em algumas partes do país ajudaram a evitar um quinto dia de vandalismo. Em Londres, a Polícia Metropolitana (Scotland Yard) deteve 888 pessoas por suposto envolvimento em atos violentos, desordem e saques. Desse total, 371 já estão sendo indiciados e responderão a processos.
Juizados municipais em várias cidades inglesas como Londres, Manchester e Solihull, em West Midlands, permaneceram em funcionamento durante a última noite para agilizar os vários casos diante da avalanche de detenções.
Na região de West Midlands, onde está Birmingham, os agentes praticaram até o momento mais de 300 detenções, e em Manchester e no subúrbio de Salford foram detidas outras 100 pessoas.
Os primeiros confrontos entre jovens e policiais ocorreram no sábado (6) em Tottenham, no norte de Londres, durante uma manifestação que pedia "justiça" após a morte de um homem de 29 anos, Mark Duggan, em um tiroteio com a polícia dois dias antes, na quinta-feira (4).Depois disso, jovens invadiram as ruas encapuzados e depredaram e saquearam lojas.
A cidade de Birmingham manteve durante a madrugada uma vigília pelos três homens asiáticos mortos após serem atropelados por um veículo quando tentavam proteger o lugar onde moravam. A polícia está tratando o caso como assassinato, pelo que está investigando um homem de 32 anos.
Esta é a segunda vez em menos de um mês em que Cameron tem de convocar uma sessão de emergência. A primeira foi realizada por causa do escândalo das escutas ilegais em telefones celulares, que no mês passado motivou o fechamento do dominical sensacionalista "News of the World".

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Protestos e saques atingem diversos bairros de Londres

image
Londres tem onda de saques e protestos

A onda de saques, vandalismo e conflito de jovens contra policiais, que começou no sábado em Londres, se espalhou ontem por toda a cidade. Carros, lojas, casas e ônibus foram incendiados.
Pela primeira vez, também houve confrontos com a polícia e saques fora de Londres, em Birmingham, no centro do país. À noite, foram registrados também distúrbios em Liverpool, ao norte. Ao menos 215 pessoas foram presas.
Os distúrbios de ontem começaram no fim da tarde em Hackney, bairro no leste londrino próximo do Parque Olímpico, onde acontecerá a Olimpíada no ano que vem.
Após a polícia revistar um homem, um grupo se juntou e começou a atirar o que encontrava nos policiais: latas de lixo, garrafas, pedras, pedaços de madeira. A maioria era jovem; muitos, menores, cobrindo o rosto com lenços. Depois quebraram vitrines e saquearam lojas.
Mais tarde, o mesmo aconteceu em Lewisham (sudeste de Londres) Peckham, Clapham (sul) e Ealing (oeste).
Por volta das 20h30 locais, um grupo incendiou uma loja de móveis e casas em Croydon (sul). Havia relatos de vandalismo em Camden Town e Notting Hill (norte).
A polícia investiga redes sociais como Twitter e Facebook e um serviço de mensagens do BlackBerry para checar informações sobre suposta convocação dos encontros.
O que está havendo é banditismo. Pura criminalidadeº, disse a ministra do Interior, Theresa May, que interrompeu as férias para voltar a Londres.
Após críticas, o primeiro-ministro, David Cameron, e o prefeito de Londres, Boris Johnson, também decidiram suspender as férias e voltar à cidade. Hoje, Cameron faz uma reunião extraordinária para decidir que medidas tomar para conter a violência.
A polícia ainda investiga a conexão entre os conflitos.
O primeiro, em Tottenham, aconteceu após protestos pela morte de Mark Duggan, que tinha 29 anos e foi baleado pela polícia na quinta-feira.
A informação oficial é que ele atirou primeiro, o que a família contesta. Na tarde de sábado, familiares e amigos foram até a delegacia local pedir explicações à polícia.
Ainda não se sabe o que transformou o protesto pacífico em um conflito com os policiais, que, em menor número, não conseguiram conter as pessoas Ðelas incendiaram um ônibus, carros policiais e lojas.
O bairro foi tomado pela polícia no dia seguinte. Mas os protestos se espalharam para Enfield (que fica ao lado) e Brixton (no sul).
São todos bairros pobres, com grande concentração de população afro-caribenha.Moradores dizem que havia ódio contido pela forma como a polícia lida com os jovens, sobretudo os negros.
Afirmam que muitos são abordados e revistados sem nenhuma razão aparente.
Outros culpam os cortes feitos pelo governo em programas sociais.
Kit Malthouse, vice-prefeito responsável pela polícia, nega as acusações e diz que tudo é obra de um pequeno grupo de criminosos que não estão preocupados com questões sociais, mas com os produtos que vão saquear.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Saques e violência se espalham por Londres em 2ª noite de tumultos (Postado por Erick Oliveira)

Revoltas que explodiram na noite de sábado (6) no bairro de Tottenham se espalharam para outras regiões de Londres na noite de domingo (7), que foi marcada por saques e violência em ruas da cidade.
Mais de 100 pessoas foram presas, policiais sofreram ataques, e lojas foram saqueadas e destruídas em vários pontos do norte de Londres, além de Brixton, no sul, e de Oxford Circus, no centro turístico da capital britânica.
Nas duas noites de violência, 35 policiais ficaram feridos.
A Polícia Metropolitana de Londres (conhecida como Scotland Yard) disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, de 29 anos.
Troca de tiros
Duggan foi morto por policiais na quinta-feira, em Tottenham, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Os policiais não divulgaram detalhes do suposto tiroteio, em que um policial também foi ferido à bala, mas prometeram uma investigação.
No sábado, manifestantes se reuniram para exigir respostas da polícia a respeito da ação.
Por volta das 20h (16h no horário de Brasília), um tumulto começou e a polícia foi acionada.
Alguns manifestantes jogaram bombas caseiras contra a polícia e alguns prédios. Um ônibus de dois andares foi incendiado. Um supermercado, uma loja de carpetes e outros prédios também pegaram fogo.
Tênis novos
Em seguida, a violência começou a se espalhar para bairros vizinhos e depois para outras áreas da cidade. Veículos da polícia foram atacados e grupos de dezenas de jovens saquearam e incendiaram lojas.
'Eles destruíram a (casa de apostas) William Hill, colocaram fogo em latas de lixo (...) Eu vi uma (loja de celulares) Vodafone saqueada, uma (loja de calçados) Footlocker saqueada e incendiada, eu vi um (supermercado) Marks & Spencer atacado', relatou o jornalista da BBC Paraic O'Brien, que estava em Brixton.
Jornalistas também disseram ter visto jovens lançando pedras e garrafas contra a polícia e até usando extintores de incêndio para impedir a aproximação dos policiais, enquanto eles saqueavam lojas.
O repórter Andy Moore, da BBC, testemunhou as duas noites de violência e disse que elas tinham motivações bem diferentes.
'O que pode ter sido iniciado em Tottenham por jovens ressentidos com o que eles viam como perseguição policial se tornou algo de natureza bem diferente. Na noite passada, havia uma impressão de que os saques, a violência e a desordem em Londres estavam sendo coordenados nos sites de mídia social', disse ele.
'Níveis absurdos de violência'
'Os policiais estão chocados com os absurdos níveis de violência dirigidos a eles. Pelo menos nove policiais foram feridos esta noite, além dos 26 da noite de sábado. Nós não vamos tolerar essa violência deplorável. A investigação continua para levar esses criminosos à Justiça', disse a comandante da polícia Christine Jones.
Partes de Tottenham, onde os tumultos começaram, ainda estão isoladas para que policiais e especialistas forenses examinem o local dos confrontos.
Até o momento, 16 pessoas já foram indiciadas por crimes como roubo, violência e posse de arma.