terça-feira, 26 de julho de 2011

Família de Amy Winehouse planeja funeral privado nesta terça

  •   Pai vê homenagens em frente à casa da cantora. Foto: Getty

Pai de Amy Winehouse agradeceu carinho de fãs na segunda-feira
O funeral da cantora Amy Winehouse acontecerá nesta terça-feira e contará apenas com a presença de parentes e amigos próximos, segundo informou um porta-voz da família.
O local e horário do enterro não foram divulgados.
A Scotland Yard disse que a autópsia realizada na segunda-feira "não determinou formalmente a causa da morte" e que será necessário aguardar os resultados dos exames toxicológicos, que devem sair em um prazo de duas a quatro semanas.
A cantora de 27 anos, que vinha lutando contra o vício do álcool e das drogas, foi encontrada morta em casa, no sábado, depois que um integrante da sua equipe de segurança chamou uma ambulância.
Inquérito
A polícia informou que um inquérito judicial sobre o caso, aberto pelo tribunal encarregado de investigar mortes não esclarecidas, foi adiado até 26 de outubro.
Amy Winehouse morre aos 27 anos
Fãs prestam homenagem em frente a casa onde foi morta em Londres
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De acordo com a funcionária do tribunal Sharon Duff, a polícia investigou o local onde o corpo de Amy foi encontrado, considerando a cena da morte "não suspeita".
Na segunda-feira, a mãe, o pai e o irmão de Amy Winehouse estiveram em frente à casa da cantora no bairro de Camden Town, no norte de Londres, onde ela foi encontrada morta.
O pai da cantora, Mitch, agradeceu aos fãs por levarem flores, bilhetes e cartões para o local. "Isso significa muito para a minha família", disse ele.
Segundo informações da companhia oficial que monitora as vendas do mercado fonográfico na Grã-Bretanha, as vendas do CD Back to Black, o segundo da cantora, tiveram um aumento exponencial após o anúncio da morte.
Cinco anos depois de seu lançamento, o álbum voltou às paradas de sucesso, alcançando a posição número 59.
Homenagens
O guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood, dedicou seu programa de rádio na Grã-Bretanha da noite de sábado à cantora. Wood disse que a morte "é uma perda muito triste de uma grande amiga com quem passei muito tempo junto".
Wood também disse que dedicaria uma apresentação de sua outra banda, o Faces, na cidade inglesa de Hurtwood, para Amy.
"Perdemos uma alma linda e uma mulher talentosa"
Russell Brand, ator
A cantora americana Carole King, de quem Winehouse gravou a canção Will You Love Me Tomorrow, descreveu-a como uma figura "muito talentosa", que levou uma vida "terrivelmente amaldiçoada".
O ator Russell Brand publicou em seu site que "perdemos uma alma linda e uma mulher talentosa".
Outras celebridades usaram suas contas no Twitter para se expressar sobre a morte da cantora.
Kelly Osbourne, cantora, apresentadora e filha de Ozzy, disse que estava "chorando por ter perdido uma das minhas melhores amigas".
"Te amo para sempre, Amy e nunca esquecerei quem você era de verdade."
 

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sábado, 23 de julho de 2011


O fim de uma carreira intensa

Londres - Polêmica, irreverente, brilhante. A intensa trajetória da cantora Amy Winehouse, de 27 anos, chegou ao fim no início da tarde de ontem, quando a artista foi encontrada morta em seu apartamento, em Londres. A causa da morte ainda não foi esclarecida, o corpo passará hoje por uma necropsia, mas, devido à dependência química, acredita-se que a cantora possa ter sofrido uma overdose.
Foto: AFP
Foto: AFP
>> FOTOGALERIA: Confira mais fotos da passagem de Amy no Rio

Vencedora de cinco prêmios Grammy e considerada uma das maiores revelações da música internacional, Amy foi descoberta aos 16 anos, em 2003, pelo cantor de soul Tyler James. Sua curta carreira foi atribulada pelo excesso de álcool e drogas, que ela tentou se livrar internando-se diversas vezes em clínicas de reabilitação.
A polícia foi acionada pelo serviço de ambulâncias para a casa da britânica Amy, em Camden Town, às 16h05 (11h05 em Brasília), mas informou que a artista já estava morta. “As circunstâncias da morte serão investigadas. Num primeiro momento, não sabemos explicar”, dizia o comunicado oficial da polícia britânica.
Foto: Ag. News
Amy se apresentou no Brasil em janeiro deste ano | Foto: Ag. News
Em minutos, a notícia se espalhou na Internet e centenas de fãs fizeram vigília na porta do edifício, para prestar homenagem. Flores, bichos de pelúcia e cartazes foram deixados na rua, que foi isolada pela polícia. “Camden não te esquecerá. Todos gostamos de você e continuaremos gostando. Sua lenda está viva”, dizia uma das mensagens.

O corpo da diva do pop foi retirado do local no fim do dia, por uma ambulância particular. De acordo com as agências de notícias locais, um porta-voz da cantora informou que o pai dela, Mitch, retornou de Nova York, onde cancelou um show.

Em sua canção mais famosa, ‘Rehab’, Amy dividia com o público seus problemas com a bebida e as drogas. “Tentaram me mandar para a reabilitação, mas eu disse não, não, não”, diz o refrão. O álbum, ‘Back to Black’ (2006), vendeu mais de seis milhões de cópias até 2008 e ganhou vários prêmios.



A gravadora da artista, Universal, emitiu um comunicado: “Estamos profundamente entristecidos com a perda súbita de uma música e artista tão talentosa”.

A última aparição da cantora em público foi quarta-feira, quando Amy prestigiou e ainda deu canja no show de sua afilhada, Dionne Bromfield, em um teatro de Camden Town. Ainda não há informações sobre o enterro da artista.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Premiê defende ex-assessor no caso de escutas de tabloide britânico (Postado por Erick Oliveira)

O premiê do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quarta-feira (20) que sua equipe agiu de maneira "totalmente correta" no relacionamento com a polícia no caso dos grampos telefônicos do tabloide "News of the World".
Cameron falou sobre o caso das escutas ilegais na Câmara dos Comuns, que na véspera ouviu o magnata da mídia Rupert Murdoch, dono do grupo responsável pelos supostos crimes.
Cameron afirmou que seu ex-chefe de imprensa, Andy Coulson, deve ser processado se estiver implicado nas escutas, mas disse que "todo mundo é inocente até prova em contrário".
O premiê disse ao Parlamento que assume a responsabilidade pela contratação de Coulson, mas que lamenta o "furor" que a decisão causou.
"Analisando a situação com perspectiva e pensando em tudo que aconteceu, eu não o teria contratado", afirmou.
"Mas as decisões não são tomadas com perspectiva, e sim no presente. A gente vive e aprende, e, acreditem, eu aprendi", defendeu-se.
Coulson foi redator-chefe do tabloide entre 2003 e 2007, época em que ocorreram as escutas denunciadas. Em janeiro de 2007, ele desmentiu ter conhecimento dos grampos e foi contratado por David Cameron como assessor de imprensa. Coulson acompanhou Cameron a Downing Street em 2010, quando o líder conservador venceu as eleições.
Cameron também defendeu nesta quarta-feira a forma com que seu gabinete tratou com a polícia diante das acusações de grampos telefônicos e subornos.
"Publicamos a troca integral de e-mails entre o chefe de gabinete e John Yates, e o documento mostra que meu gabinete se comportou de forma correta', disse, acrescentando que não infringiu as leis parlamentares sobre o comportamento de ministros.
Cameron se pronunciou no início de uma sessão de emergência da Câmara dos Comuns para discutir a crise ue abalou o império midiático do australiano Murdoch, minou a confiança na polícia e gerou dúvidas sobre a capacidade de julgamento do primeiro-ministro. Ele foi alvo de vaia de deputados opositores.
O presidente da Câmara dos Comuns teve de intervir várias vezes para acalmar a sessão protagonizada por Cameron e impedir as vaias dirigidas ao primeiro-ministro.
"O primeiro-ministro tomou uma decisão ruim quando escolher continuar trabalhando com Coulson", enfatizou o dirigente da oposição trabalhista, Ed Miliband. "Ele se colocou dentro de um trágico conflito de interesses entre a integridade que o povo espera dele e seus vínculos pessoais e profissionais com Coulson."
Falhas da Scotland Yard
A comissão parlamentar que apura o caso das escutas acusou nesta quarta (20) a polícia por ter acumulado uma série de falhas na investigação sobre o escândalo. O grupo News Corp tentou deliberadamente abafar as investigações, segundo um relatório preliminar dos legisladores.
Os onze membros da comissão classificam de "muito pobre" a primeira investigação realizada pela Scotland Yard no período 2005-2006.
Presidida por um juiz, a comissão está encarregada de esclarecer o escândalo das escutas e tratar da questão da ética na imprensa, depois dos protestos desencadeados pelas práticas do jornal sensacionalista de Rupert Murdoch, acusado de ter espionado 4.000 personalidades ao longo dos anos 2000.
A comissão independente entregará suas conclusões num prazo de doze meses.
Comunicado de Murdoch
O magnata das comunicações Rupert Murdoch compareceu na véspera ante esta comissão e limitou sua responsabilidade no escândalo das escutas ilegais.
Em um comunicado emitido nesta quarta, Murdoch garantiu que seu grupo converterá, após o escândalo das escutas ilegais na Grã Bretanha, "em uma companhia mais forte".
"Quero que todos vocês saibam que tenho a absoluta confiança de que vamos emergir como uma companhia mais forte", disse Murdoch através de um comunicado dirigido a seus empregados.
"Vai nos custar tempo reconstruir a confiança e a credibilidade, mas estamos decididos a cumprir com as expectativas de nossos acionistas, clientes, colegas e sócios", disse.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Corpo de ex-jornalista do 'News of the World' passa por autópsia (Postado por Erick Oliveira)

O corpo do ex-jornalista do tabloide britânico 'News of the World' Sean Hoare passa por uma autópsia nesta terça-feira (19) para determinar a causa de sua morte, de acordo com a polícia do condado de Hertfordshire, no Reino Unido.
Hoare, que tinha 47 anos, foi encontrado morto na última segunda-feira em sua casa em Watford, a 30 km de Londres.
Ele foi o responsável por muitas das acusações feitas contra o ex-editor do jornal Andy Coulson, de que ele supostamente incentivava os funcionários a interceptar mensagens de celular de políticos e celebridades para obter informações exclusivas para reportagens.
A polícia afirmou que o corpo de Hoare foi encontrado pela manhã e que ainda estava investigando as causas de sua morte, mas que não considerava o caso suspeito.
Notícia falsa
Também nesta terça-feira, hackers invadiram e alteraram o site do jornal 'The Sun', que assim como o 'News of the World' faz parte do grupo de mídia News International, de propriedade do magnata australiano Rupert Murdoch.
Na página inicial do site, foi colocada uma notícia falsa que dizia que Murdoch havia sido encontrado morto em seu jardim.
O grupo Lulz Security, responsável por ataques recentes a empresas de jogos eletrônicos e a sites dos governos britânico e americano, assumiu a responsabilidade pela falsificação em seu perfil no Twitter.
Os visitantes do site do 'The Sun' eram redirecionados para a página de Twitter do grupo.
A News International disse que 'sabia' o que estava acontecendo, mas a empresa não fez mais comentários.
Escutas endêmicas
Segundo um porta-voz da polícia local, a morte de Sean Hoare está sendo tratada até o momento como 'sem explicação'. O corpo do ex-jornalista ainda não foi formalmente identificado.
Desde que o caso dos grampos veio à tona, Hoare deu entrevistas detalhando a conduta profissional no 'News of the World'.
Ao programa da BBC Panorama, ele disse que as escutas telefônicas eram 'endêmicas' no jornal e afirmou ainda que Coulson havia lhe pedido para colocar escutas em telefones.
Coulson, que nega as acusações, ocupou o cargo de porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, até janeiro, quando pediu demissão diante do escândalo.
Em uma entrevista ao jornal 'New York Times', Hoare afirmou que a conduta ilegal era muito mais comum no 'News of the World' do que a direção do jornal admitiu quando começaram as investigações.
Renúncias
O News of the World, que teve sua última edição publicada no dia 10, é acusado de ter tido acesso ilegalmente a mensagens de celulares de mais de 4 mil pessoas.
Em um dos últimos desdobramentos do caso, o comissário assistente da polícia metropolitana de Londres, John Yates, deixou o cargo em meio à pressão por explicações sobre sua ligação com um ex-jornalista da publicação, Neil Wallis.
Wallis foi preso e liberado após pagar fiança na última quinta-feira. Ele é suspeito de conspiração para interceptar conversas e mensagens telefônicas.
O chefe da polícia metropolitana e o mais alto oficial de polícia da Grã-Bretanha, Paul Stephenson, renunciou no domingo, após enfrentar críticas por ter contratado Neil Wallis como relações públicas.
Nesta segunda-feira, descobriu-se que outro ex-editor do 'News of the World' trabalhou para a Scotland Yard como intérprete, interrogando testemunhas e suspeitos, enquanto era empregado do jornal.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cano estoura em bairro inglês e causa 'espetáculo' com água jorrada (Postado por Erick Oliveira)

Moradores da região de Huyton, na cidade inglesa de Liverpool, observam na manhã desta segunda (18) a enorme quantidade de água jorrada de uma das principais tubulações que abastecem o local.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Casal britânico ganha R$ 410 milhões na loteria (Postado por Erick Oliveira)

O casal britânico Colin e Chris Weir exibiu nesta sexta-feira (15) em Falkirk, na Escócia, o prêmio de 161 milhões e 653 mil libras, cerca de R$ 410 milhões, que ganhou na loteria "EuroMillions". Lançada em 2004, a loteria abrange nove países europeus: Áustria, Bélgica, Reino Unido, França, Irlanda, Luxemburgo, Portugal, Espanha e Suíça.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Murdoch e filho recuam e vão depor no Parlamento britânico (Postado por Erick Oliveira)

O magnata Rupert Murdoch e seu filho James vão comparecer ao Parlamento britânico na próxima terça-feira para responder a perguntas sobre supostos crimes cometidos por um dos jornais da família, após terem inicialmente recusado o convite dos parlamentares, informou nesta quinta-feira (14) o grupo News Corp.
A companhia anunciou que pai e filho vão comparecer ao Parlamento depois que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, criticou a decisão inicial dos Murdoch de não atender ao pedido.
Rebekah Brooks, chefe-executiva da News International e que era a editora do tablóide News of the World quando teria acontecido o escândalo de grampos telefônicos que está no centro da polômica envolvendo a News Corp, também vai comparecer. Depois que a polícia britânica prendeu um nono suspeito de envolvimento nos grampos telefônicos, identificado pela mídia como ex-editor sênior do jornal News of the World, ganhou força o chamado feito pelo governo para que o organismo regulador da mídia decida se a empresa de Murdoch tem condições de administrar estações de televisão britânicas.
Escândalo
Murdoch, de 80 anos, já foi forçado a fechar o "News of the World" e recuar em seu maior plano de aquisição até agora -- a compra da operadora britânica de TV paga BSkyB -- devido ao ultraje provocado por acusações de que repórteres teriam acessado mensagens telefônicas particulares.
Até agora, Murdoch e seu filho James, o herdeiro de seu império, têm defendido a executiva Rebekah Brooks, que comanda o braço dos jornais britânicos da empresa e era amiga do primeiro-ministro David Cameron, até que este reiterou chamados para que ela seja demitida.
Brooks concordou na quinta-feira em comparecer diante do comitê na próxima semana, mas disse que o inquérito policial pode limitar o que ela poderá dizer.
Murdoch, que é cidadão norte-americano, disse que só vai depor no inquérito público anunciado por Cameron depois de serem levantadas perguntas sobre o papel exercido por alguns policiais no escândalo e sobre as relações entre políticos britânicos e proprietários de mídia.
Paralmento hostilA recepção que os Murdoch terá no Parlamento com certeza será hostil. Na quarta-feira, durante um debate acalorado sobre o escândalo dos grampos, Dennis Skinner, um deputado trabalhista veterano, descreveu Murdoch como 'este câncer no organismo político'. Murdoch e outros executivos seniores negam qualquer conhecimento das práticas alegadas.
O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, exortou os Murdoch a enfrentarem as críticas, e um representante do Parlamento emitiu uma convocação para que compareçam.
"Eles não podem se esconder deste nível de angústia, revolta e até mesmo interesse público", disse Clegg a jornalistas.
"Quando alguém ocupa essa posição de poder, ela tem responsabilidade perante os milhões de pessoas que consomem os produtos de seus jornais e emissoras de televisão."
As alegações sobre grampos telefônicos, que chegaram ao auge no momento em que a proposta de compra da BSkyB por Murdoch deveria ser aprovada, este mês, agora estão reverberando em todo o mundo.
Alguns deputados dos EUA pediram uma investigação para averiguar se a News Corp. infringiu leis dos Estados Unidos, e na Austrália, onde Rupert Murdoch nasceu, a primeira-ministra disse que seu governo pode rever as leis de imprensa.
Murdoch, que já é dono de 39 por cento da BSkyB, suspendeu na quarta-feira sua proposta de compra do restante das ações da operadora, por 12 bilhões de dólares, depois de políticos britânicos terem se unido para lançar um chamado para que ele desistisse da transação.
A News Corp., sediada nos EUA, vem sendo abalada por uma série de escândalos devido a alegações de que seus jornalistas e investigadores contratados por ela a serviço do tablóide News of the World teriam grampeado as mensagens de voz de milhares de pessoas, desde vítimas de crimes notórios até familiares de soldados mortos na guerra do Afeganistão.
As alegações, que incluem o pagamento de propinas a policiais em troca de informações, animaram parlamentares britânicos de todos os partidos a se unirem em oposição a um empresário habituado havia anos a ser cortejado pela elite política.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jornal de Murdoch espionou o ex-premiê Brown, diz imprensa (Postado por Erick Oliveira)

Jornalistas do grupo "News International" repetidamente tentaram "grampear" o telefone do ex-premiê britânico Gordon Brown, informaram nesta segunda-feira (11) os jornais britânicos "Guardian" e "Independent" e a BBC.
O "Independent" afirmou que Brown deveria fazer um comunicado sobre o caso em breve. Segundo o "Guardian", jornalistas repetidamente tentaram acesso à secretária eletrônica, aos dados bancários do premiê e aos dados médicos de sua família.
O "Guardian" também disse ter indícios de que Brown foi espionado durante mais de dez anos, desde quando era ministro de Finanças até quando já era premiê.
O "Guardian" e a BBC também informam que há indícios de que o "Sunday Times", do grupo do magnata da mídia Rupert Murdoch, teve acesso a dados financeiros do ex-premiê.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Após escândalo de escutas, tabloide vai deixar de circular no Reino Unido (Postado por Erick Oliveira)

O tabloide dominical britânico "News of the World" vai deixar de circular depois do próximo domingo (10), informou nesta quinta o grupo News Corp Internacional, que o edita. A interrupção ocorre após novas denúncias de que a publicação teria grampeado telefones de fontes.
"Após consulta com os superiores, decidi que devemos tomar mais medidas em relação ao jornal. Este domingo será a última edição do News of the World", afirmou em um comunicado.
James Murdoch, presidente do grupo e filho do magnata Rupert Murdoch, disse que a empresa admite os erros cometidos e prometeu fazer o máximo para consertá-los.
Ele também disse que o dinheiro da última edição será doado para boas causas.
As últimas revelações no escândalo das escutas telefônicas do tabloide, suspeito agora de ter grampeado os telefones de parentes de soldados britânicos mortos no Iraque e no Afeganistão, aumentou a indignação e constrangeu o governo.
Após o anúncio do fechamento, o premiê David Cameron disse que todos os responsáveis por erros no caso devem ser levados à Justiça.
Várias famílias de militares mortos em ação manifestaram a sua indignação após terem lido o "Daily Telegraph", que assegura que seus telefones podem ter sido grampeados por um detetive particular a serviço do jornal sensacionalista. Seus números teriam sido encontrados nesses registros.
O ex-chefe do Estado-Maior, Richard Dannatt, declarou-se "atordoado", enquanto o ex-comandante das forças britânicas no Afeganistão Richard Kemp ficou "mudo de raiva".
Já o líder da oposição trabalhista, Ed Milliband, se disse "aborrecido".
"Nossas Forças Armadas e suas famílias merecem o respeito e o apoio da Nação", disse o ministro da Defesa, Liam Fox.
Este caso de escutas, que envenena a vida política no Reino Unido há meses, apresentou uma série de revelações espetaculares nos últimos dias.
O "News of The World" tem tiragem de 2,8 milhões de exemplares e era alvo de acusações de escutas irregulares desde 2006.
O caso gerou várias detenções e a demissão em janeiro de Andy Coulson, ex-redator-chefe, de seu posto de diretor de Comunicação do primeiro-ministro.
Nos últimos dias, o jornal foi acusado de ter feito escutas na família de uma jovem assassinada e em parentes de vítimas do atentado de Londres em 2005.
Os escândalos levaram várias empresas a cancelares anúncios nas páginas do tabloide.



 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tabloide é acusado de grampear vítimas de atentado em Londres (Postado por Erick Oliveira)

O escândalo de grampos telefônicos realizados pelo jornal britânico "News of The World", que está tendo grande repercussão no país, ganhou proporção ainda maior, após alegações de que o jornal teria invadido os telefones de famílias de vítimas dos atentados de 7 de julho de 2005, em Londres.
O escândalo a respeito de monitoramento de conversas telefônicas feitas pelo tabloide dominical surgiu em 2006, mas ganhou novo fôlego nessa semana, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o jornal teria grampeado o telefone celular de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002 e depois foi encontrada morta.
Também vieram à tona alegações de que o tabloide dominical teria feito pagamentos à polícia britânica em troca de informações. Os proprietários do tabloide entregaram à polícia e-mails que indicariam que o pagamento teria sido autorizado pelo então editor do jornal, Andy Coulson.
Coulson renunciou ao comando do "News of The World" em 2007, após um de seus repórteres e um detetive terem sido condenados por grampear telefones de integrantes da família real britânica. No início deste ano, ele renunciou ao cargo de porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, após terem surgido novas denúncias envolvendo jornalistas do "News of The World" e outras tentativas de invadir os telefones de políticos e celebridades.
O "News of The World", que é o jornal mais vendido aos domingos na Grã-Bretanha, com uma circulação média de quase 2,8 milhões de exemplares, pertencente ao grupo News Corporation (News Corp.), um dos maiores conglomerados mundiais de mídia, pertencente ao magnata australiano Rupert Murdoch.
Os negócios do grupo envolvem TV, cinema, jornais e publicidade. A News Corporation é dona dos jornais britânicos "The Sun" e "The Times", do americano "Wall Street Journal" e da rede de TV americana Fox.
O escândalo vem gerando pressões pela demissão de Rebekah Brooks, que foi editora do "News of the World" quando teriam sido feitas as gravações do celular de Milly Dowler. Hoje, ela é executiva-chefe da News International, divisão responsável pelos jornais britânicos da News Corp.
Atentados
Graham Foukes, cujo filho morreu em um dos atentados realizados em 2005, no metrô de Edgware, foi informado pela polícia que seu nome constava de uma lista de pessoas que teriam tido seus telefones invadidos.
Em entrevista ao programa Today, da BBC, Foukes disse que a ideia de que as conversas dele e sua família estavam sendo monitoradas após o ataque que tirou a vida de seu filho é ''horrenda'' e afirmou que gostaria de ter "uma conversa" com Rupert Murdoch.
''Após as explosões em Londres, nenhuma autoridade nos contatou ou qualquer outra família (das vítimas) por várias dias. Estávamos usando o telefone loucamente para tentar obter informação a respeito de David e saber onde ele estava. Se ele estava em um hospital ou em outro lugar. E falamos muito intimamente a respeito de temas pessoas. A ideia que esses caras poderiam estar escutando tudo isso é horrenda'', afirmou.
Indagado se teria alguma mensagem a dar a Rupert Murdoch, Foukes acrescentou: 'Eu gostaria muito de encontrá-lo e ter uma conversa aprofundada a respeito de responsabilidade e do poder que ele tem e como ele deveria ser usado de forma apropriada. Eu gostaria muito de encontrá-lo e de ter essa conversa''.
Clarence Mitchell, o porta-voz do casal Kate e Gerry McCann, pais da menina Madeleine, que desapareceu em um resort em Portugal em 2007, também contou ter sido contatada pela polícia a respeito da investigação sobre os grampos telefônicos. Mitchell diz ter verificado atividades suspeitas em sua conta telefônica em 2008.
Parlamentares britânicos realizarão um debate emergencial a respeito do escândalo nesta quinta-feira. E alguns políticos vem pedindo o boicote do "News of The World".
A montadora Ford anunciou que deixará de anunciar no "News of The World" até a conclusão das investigações a respeito das alegações de grampo telefônico.
As alegações de que funcionários do "News of the World" estariam envolvidos em interceptação ilegal de telefones começaram a pipocar em 2006. Em 2007, a Justiça condenou à prisão o correspondente do jornal para assuntos da Realeza Clive Goodman e o investigador Glenn Mulcaire por causa do grampo ilegal de telefones de membros família real.
A Polícia Metropolitana de Londres iniciou uma nova investigação em fevereiro de 2011, após alegações de que mais de 7 mil pessoas, entre elas atores, políticos, jogadores de futebol, apresentadores de TV e outras celebridades, tiveram seus telefones hackeados.