quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Escócia diz 'não' à independência e se mantém no Reino Unido

'Não' venceu com quase 55% dos votos.
'Sim' obteve 45% dos votos.

Do G1, em São Paulo
Apoiadores da campanha ‘Não’ reagem com festa e alegria ao resultado da apuração do referendo na Escócia. (Foto: Dylan Martinez / Reuters)Apoiadores da campanha ‘Não’ reagem com festa e alegria ao resultado da apuração do referendo na Escócia. (Foto: Dylan Martinez / Reuters)

A Escócia rejeitou a proposta de ser independente do Reino Unido no referendo realizado no país na quinta-feira (17), com a vitória do "não" por quase 55% dos votos, informam as agências internacionais de notícias Efe, France Presse (AFP) e Reuters. A rede britânica BBC chegou a antecipar, no início da madrugada desta sexta (19), que os eleitores rejeitariam a proposta dos separatistas.
A apuração não terminou oficialmente, mas a proposta de manter o país no Reino Unido, o 'Não', não pode mais ser batida.
O 'Não' liderou as parciais na apuração do referendo sobre a independência da Escócia. Dos 31 dos distritos - de um total de 32 - que já tiveram os resultados divulgados, o 'Não" venceu em 26 deles. O resultado parcial às 2h40 era de 55,42% pelo 'Não' (1.914.187 votos, ultrapassando os 1.852.828 necessários para se vencer o referendo) e de 44,58% pelo 'Sim' (1.822.443).
A rede britânica BBC divulgou uma prévia de que o 'Não' venceria o referendo por 55% a 45% por volta de 1h15.
O líder separatista, Alex Salmond, reconheceu a derrota. "A Escócia decidiu que este não é o momento de ser um país independente".
A votação começou às 7h (3h, no horário de Brasília) em 2.608 postos em toda a Escócia, e a apuração teve início assim que o processo foi encerrado, às 22h (18h, em Brasília).
A vice-primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, admitiu que "há uma real decepção com o fato de que não conseguimos a vitória, por pouco", neste histórico referendo celebrado pelos escoceses.
Patrick Harvie, deputado verde do Parlamento escocês e partidário da independência, já havia admitido 'resultados decepcionantes'.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, falou com Alistair Darling, líder da campanha do 'Não', para felicitá-lo "por um bom trabalho".
Michael Gove, ministro da Educação e um dos integrantes do gabinete britânico mais próximos a Cameron, disse: "o Reino Unido está salvo".
A apuração foi retardada devido ao alto índice de participação, em torno de 84%, exceto por algumas exceções, como a cidade de Glasgow, onde a participação foi de 75%. No total, 4.285.323 eleitores estavam habilitados: todos os residentes legais na Escócia - britânicos ou não - com idades acima de 16 anos. Os escoceses que vivem no exterior não puderam votar.
Os eleitores responderam à pergunta: "Escócia deve se tornar um país independente?"
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