Parlamento britânico aprova bombardeios contra o EI no Iraque
Forças reais irão se juntar à coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Premiê retirou Parlamento de recesso após pedido do governo iraquiano.
Manifestantes
protestam foram do parlmaneto britânico nesta sexta-feira (26) contra
ação militar do Reino Unido no Iraque (Foto: REUTERS/Neil Hall)
O Parlamento britânico aprovou nesta sexta-feira (26) a realização de bombardeios contra os militantes do Estado Islâmico no Iraque.
A aprovação ocorreu com 524 votos a favor e 43 contra, permitindo que a
Força Aérea real se junte às forças militares lideradas pelos Estados
Unidos de forma imediata.Se o primeiro ministro britânico, David Cameron, quiser estender a campanha à Síria, como fez Washington, precisará voltar ao Parlamento.
O Iraque solicitou a vários governos estrangeiros a ajuda, ao contrário da Síria, o que provoca as dúvidas britânicas a respeito de ampliar a campanha ao país vizinho.
Seis bombardeiros Tornado GR-4 baseados em Chipre já foram colocados em alerta para realizar os primeiros ataques. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, retirou o Parlamento de seu recesso para a votação após um pedido de ajuda oficial do governo iraquiano.
A moção autoriza ataques aéreos, mas estabelece que não haverá soldados britânicos em terra.
O premiê britânico, David Cameron, fala no
Parlamento britânico, nesta sexta-feira (26), e pede
votos a favor da intervenção militar do Reino Unido
no Iraque (Foto: REUTERS/UK Parliament
via REUTERS TV)
O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, deu seu apoio ao governo, mas disse que será preciso algo além de bombardeios.Parlamento britânico, nesta sexta-feira (26), e pede
votos a favor da intervenção militar do Reino Unido
no Iraque (Foto: REUTERS/UK Parliament
via REUTERS TV)
"Temos que aprender as lições do passado e ser claros com os britânicos, isso significa dispor de uma estratégia global, humanitária e política, além de militar", sustentou Miliband.
Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que tenta enfraquecer a organização extremista com bombardeios aéreos.
Luta por anos
Mais cedo nesta sexta, Cameron afirmou que a campanha militar contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria pode demorar anos.
"Esta será uma missão que vai durar não apenas meses, mas anos, mas eu acredito que temos que estar preparados para este compromisso", disse Cameron no Parlamento, que votará uma autorização para a participação do país nos bombardeios americanos contra o EI, apenas no Iraque no momento.
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"Esta não é uma ameaça no outro extremo do mundo", disse Cameron."Se não for enfrentada, acabaremos enfrentando um califado às margens do Mediterrâneo, na fronteira com um membro da Otan, Turquia, e com uma determinação declarada e provada de atacar nosso país e nossa população".
"Isto não é uma fantasia, está acontecendo diante de nós e temos que enfrentar", completou.
"Se permitirmos ao Estado Islâmico crescer e propagar-se, a ameaça será maior".
"O Estado Islâmico tem que ser destruído", afirmou Cameron, que no momento busca permissão apenas para bombardeios no Iraque e sem o envio de tropas de combate terrestres, uma fórmula que permitiria o envio de assessores ou forças especiais pontualmente.
"Não queria trazer ao Parlamento uma moção que não tivesse consenso", explicou.
Mais países na coalizão
O Reino Unido não foi o único a anunciar sua participação na campanha americana. Holanda, Bélgica e Dinamarca colocaram a disposição da coalizão aviões de combate F-16, enquanto Austrália e Grécia anunciaram a entrega de material militar aos combatentes curdos no Iraque.
Já o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta sexta que a posição de seu país sobre a luta contra o EI havia mudado após a libertação de um grupo de reféns turcos, dando a entender que poderia se unir à coalizão militar internacional contra o grupo jihadista.
Caça
F-16 da Bélgica decola nesta sexta-feira (26) para se juntar à coalizão
internacional contra o Estado Islâmico no Iraque (Foto: REUTERS/Eric
Vidal)
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