quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


A crise do euro bate às portas da City londrina



A crise do euro é potencialmente devastadora para a City, que concentra quase dois trilhões de dólares diários do mercado de divisas mundial. Em julho um informe revelou que os bancos britânicos tem cerca de 300 bilhões de dólares investidos em títulos dos chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Um efeito dominó do euro produziria um buraco nas finanças de bancos como o RBS (que emprestou cerca de 150 bilhões de dólares aos PIIGS) ou o Barclay (exposto em uma cifra similar). O artigo é de Marcelo Justo.

O Reino Unido enfrenta sua segunda recessão em três anos, tem o índice de desemprego mais alto desde 1994 e seu nível de vida caiu em 2011 pelo quinto ano consecutivo, mas na City a festa continua. É certo que os banqueiros não gozam do favor da opinião pública, é verdade que os indignados que acamparam há mais de dois meses nas fronteiras da City são uma pedra no sapato, e não resta dúvida que, como em A Máscara da Morte Rubra, de Edgar Allan Poe, a peste do euro é um fantasma que está batendo à porta, mas enquanto não há sinais de contágio, a City pode alardear uma saúde juvenil.

Em seus dois quilômetros quadrados, concentram-se uns 500 bancos, cerca de 70% dos Hedge Funds de toda a Europa, seguradoras e resseguradoras, quase dois trilhões de dólares diários do mercado de divisas mundial, tudo isso escorado por um aparato de grandes escritórios de advocacia que faturam cerca de 1,5 bilhões de dólares ao ano, uma bagatela se levarmos em conta que as bonificações da City chegam à casa dos 10 bilhões de dólares.

Com tanto dinheiro, o poder político e midiático pode ser sentido em todas as partes. Em meados de dezembro, o primeiro ministro David Cameron não hesitou em vetar uma modificação do Tratado da União Europeia que buscava resolver a crise do euro, apesar de mais metade das exportações do país irem para o resto da União Europeia, em especial para Alemanha e França, os principais impulsionadores da reforma.

O primeiro ministro justificou o veto com um apelo ao “interesse nacional” que, longe de ser a proteção do reino em matéria de prevenção de um ataque militar, se identifica com os interesses da City frente à ameaça de uma regulação europeia desfavorável que coloque em perigo a hegemonia britânica em setores fundamentais das finanças mundiais, como os Hedge Funds ou o mercado de derivativos.

Uma inclinação similar ocorre no plano interno. No parlamento, dias antes das festas de Natal, o ministro de Finanças, George Osborne, aceitou a recomendação de uma comissão investigadora sobre a necessidade de isolar a banca de depósitos e comercial das operações da banca financeira, mas descartou uma regulação dura ao estilo da lei Glass e Steagall que os EUA aprovaram em meio à depressão dos anos 30 que proibia os bancos de operar simultaneamente em ambos os setores.

Em seu anúncio, Osborne indicou que o White Paper, passo prévio à legislação, seria publicado em 2015 após uma nova rodada de consultas onde a City poderia fazer valer todo seu lobby e rede de contatos que se estende ao coração do próprio governo. David Cameron é filho de um corretor de bolsa e seu vice-primeiro ministro, o liberal Nick Clegg, ainda é diretor do United Trust Bank.

Na década passada os trabalhistas foram vítimas da mesma ilusão sobre as bondades do setor financeiro propagadas como verdade revelada pela usina midiática. Segundo o jornal City A.M, porta-voz do setor financeiro, o setor é fundamental para a economia britânica em termos de emprego (ao redor de um milhão e meio de empregos) ou contribuição em impostos (cerca de 10% das receitas do fisco).

A hipérbole midiática, que justificaria tantas concessões, torna-se clara quando se comparam essas cifras com os números do setor manufatureiro. Uma pesquisa do Centro para a Investigação da Mudança Sócio-Cultural, da Universidade de Manchester (CERS, na sigla em inglês), indicou que a indústria emprega dois milhões de trabalhadores e que, em pleno boom financeiro no período 2002-2008, a City pagou a metade do que o setor manufatureiro paga em impostos para os cofres britânicos.

Se o aparato financeiro legal que sustenta a City permite a evasão de impostos com o recurso mágico dos paraísos fiscais, a sangria que a City produziu com a queda do Lehman Brothers mostra o perigo mortal da dependência econômica britânica desse setor. Desde setembro de 2008, o governo britânico aportou entre injeção direta de fundos, empréstimos e garantias mais de um trilhão de dólares para estabilizar o sistema bancário.

“Bancocracia” em perigo
Duas coisas ameaçam hoje o poder dessa “bancocracia”. Em meio ao pior ajuste econômico do período pós-guerra, os protestos das Organizações Não-Governamentais estão começando a ter um impacto na consciência nacional e nos tribunais. O movimento UK Uncut (Reino Unido sem cortes), que se formou logo após o corte draconiano anunciado no ano passado pela coalizão liberal-conservadora, está liderando campanhas contra grandes empresas que são acusadas de sonegar impostos. A City e sua banca na sombra espalhada em entidades financeiras paralelas em paraísos fiscais é um dos alvos do ataque.

Na quinta-feira passada, a organização iniciou um recurso contra o acordo entre a autoridade tributária britânica e o banco Goldman Sachs que descontou o juro de um imposto devida pela entidade financeira. Se a cifra é menor – cerca de 27 milhões de dólares – o simbolismo é considerável.

Enquanto isso, o movimento Occupy, que está acampado na Catedral de Saint Paul, nas portas da City, ganhou uma batalha legal pré-natalina quando a justiça britânica decidiu que não tomaria nenhuma decisão, até 11 de janeiro, sobre o pedido de retirada do acampamento formulado pelo banco UBS.

Mais perigosa e potencialmente devastadora para a City é a crise do euro. Em julho um informe revelou que os bancos britânicos tem cerca de 300 bilhões de dólares investidos em títulos dos chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Um efeito dominó do euro produziria um buraco nas finanças de bancos como o RBS (que emprestou cerca de 150 bilhões de dólares aos PIIGS) ou o Barclay (exposto em uma cifra similar).

Em meio a esse incerto panorama econômico-financeiro internacional, com a ameaça de uma segunda recessão a vista e de uma situação de crédito imobilizado, a City seguirá apostando desde seu lugar privilegiado no cassino global para seguir em festa. No entanto, como se sabe, a especulação é uma arma de dois gumes que pode terminar com uma saída virulenta do cassino com os bolsos vazios. Até para a City, 2012 será um ano difícil e perigoso.

Tradução: Katarina Peixoto

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Brasil comemora 6º lugar entre as maiores economias do mundo


Apesar da conquista, o PIB per capita e o nível de vida dos brasileiros estão muito atrás de europeus e americanos


AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA
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Guido Mantega afirmou que o Brasil precisa de 10 a 20 anos para alcançar o nível de vida europeu


O Brasil comemora, orgulhoso, a conquista da sexta posição entre as maiores economias do mundo, mas especialistas e o governo admitem que o país só conseguirá alcançar os níveis de vida europeus em 20 anos e que ainda há grandes desafios pela frente, como erradicar a miséria.

"Do ponto de vista psicológico, esta é uma vitória de fim de ano fantástica, fora de série", disse o professor de administração da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, Ricardo Teixeira. "Mas não só o Brasil contribuiu para isto. A conjuntura mundial e principalmente a europeia também influenciaram", acrescentou.

Os principais jornais brasileiros comemoraram na capa de suas edições desta terça-feira (27) a notícia de que a economia brasileira deixou para trás a do Reino Unido, situando-se na sexta posição mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.

A informação havia sido dada na véspera pelo Centro de Pesquisas em Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês), com sede em Londres.

No entanto, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o nível de vida dos brasileiros estão muito atrás dos de europeus e americanos.

O Brasil terminará o ano de 2011 com um PIB de US$ 2,5 trilhões contra US$ 2,8 trilhões da França, em quinto lugar. Mas o PIB per capita brasileiro é de US$ 12.900 dólares contra US$ 44.400 da França e US$ 48.100 dos Estados Unidos, primeira economia mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Uma simulação feita pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating avaliou que em um cenário de crescimento otimista (+6,5% de crescimento ao ano), o PIB per capita do Brasil só alcançará o do gigante britânico em 2028.

O gigante sul-americano ainda tem grandes desafios a superar, como erradicar o analfabetismo, atualizar uma infraestrutura insuficiente, melhorar a saúde pública e acabar com a miséria, que segundo especialistas afeta 16 milhões dos 190 milhões de brasileiros.

"Este anúncio mostra a grandeza do Brasil e demonstra que o país é hoje uma grande potência econômica. Esta melhora do PIB é um reflexo de todas as medidas implementadas pelo país desde o início do Plano Real", criado em 1994 para estabilizar a economia, afirmou Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating.

Parte da melhora do PIB do Brasil "se deve ao seu crescimento, parte é resultado do fortalecimento do real e parte é pela crise na Europa; o continente (europeu) terá uma década de crescimento baixo ou nenhum, como o Japão", disse o economista José Márcio Camargo, citado pelo jornal O Globo.

Mas "por outro lado, ainda há muito a fazer; serão necessários 20, 30 anos de ajustes para reduzir as diferenças sociais que existem no Brasil", acrescentou Agostini.

A erradicação da miséria é um dos grandes desafios da presidente Dilma Rousseff, que completa no domingo um ano de governo e que na segunda-feira prometeu que não descansará até alcançar esta meta.

"O Brasil tem uma carga tributária muito elevada, de países desenvolvidos, mas oferece à sociedade serviços públicos, como saúde e educação, do nível de um país subdesenvolvido", lamentou Agostini.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na segunda-feira (26) que o Brasil precisará de 10 a 20 anos para alcançar o nível de vida dos europeus.

"Isto significa que vamos ter que continuar crescendo mais do que estes países (desenvolvidos), aumentar o emprego e a renda da população. Temos um grande desafio pela frente", admitiu.

No entanto, Mantega mostrou-se otimista. "O FMI prevê que o Brasil será a quinta economia (do mundo) em 2015, mas acho que isto ocorrerá antes", disse o ministro, destacando que o Brasil cresce duas vezes mais rápido que os países europeus.

"Por isso, é inexorável que passemos à França e no futuro, quem sabe, a Alemanha, se ela não tiver um desempenho melhor", afirmou.


Brasil

Brasil comemora 6º lugar entre as maiores economias do mundo


Apesar da conquista, o PIB per capita e o nível de vida dos brasileiros estão muito atrás de europeus e americanos


AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA
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Guido Mantega afirmou que o Brasil precisa de 10 a 20 anos para alcançar o nível de vida europeu


O Brasil comemora, orgulhoso, a conquista da sexta posição entre as maiores economias do mundo, mas especialistas e o governo admitem que o país só conseguirá alcançar os níveis de vida europeus em 20 anos e que ainda há grandes desafios pela frente, como erradicar a miséria.

"Do ponto de vista psicológico, esta é uma vitória de fim de ano fantástica, fora de série", disse o professor de administração da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, Ricardo Teixeira. "Mas não só o Brasil contribuiu para isto. A conjuntura mundial e principalmente a europeia também influenciaram", acrescentou.

Os principais jornais brasileiros comemoraram na capa de suas edições desta terça-feira (27) a notícia de que a economia brasileira deixou para trás a do Reino Unido, situando-se na sexta posição mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.

A informação havia sido dada na véspera pelo Centro de Pesquisas em Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês), com sede em Londres.

No entanto, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o nível de vida dos brasileiros estão muito atrás dos de europeus e americanos.

O Brasil terminará o ano de 2011 com um PIB de US$ 2,5 trilhões contra US$ 2,8 trilhões da França, em quinto lugar. Mas o PIB per capita brasileiro é de US$ 12.900 dólares contra US$ 44.400 da França e US$ 48.100 dos Estados Unidos, primeira economia mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Uma simulação feita pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating avaliou que em um cenário de crescimento otimista (+6,5% de crescimento ao ano), o PIB per capita do Brasil só alcançará o do gigante britânico em 2028.

O gigante sul-americano ainda tem grandes desafios a superar, como erradicar o analfabetismo, atualizar uma infraestrutura insuficiente, melhorar a saúde pública e acabar com a miséria, que segundo especialistas afeta 16 milhões dos 190 milhões de brasileiros.

"Este anúncio mostra a grandeza do Brasil e demonstra que o país é hoje uma grande potência econômica. Esta melhora do PIB é um reflexo de todas as medidas implementadas pelo país desde o início do Plano Real", criado em 1994 para estabilizar a economia, afirmou Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating.

Parte da melhora do PIB do Brasil "se deve ao seu crescimento, parte é resultado do fortalecimento do real e parte é pela crise na Europa; o continente (europeu) terá uma década de crescimento baixo ou nenhum, como o Japão", disse o economista José Márcio Camargo, citado pelo jornal O Globo.

Mas "por outro lado, ainda há muito a fazer; serão necessários 20, 30 anos de ajustes para reduzir as diferenças sociais que existem no Brasil", acrescentou Agostini.

A erradicação da miséria é um dos grandes desafios da presidente Dilma Rousseff, que completa no domingo um ano de governo e que na segunda-feira prometeu que não descansará até alcançar esta meta.

"O Brasil tem uma carga tributária muito elevada, de países desenvolvidos, mas oferece à sociedade serviços públicos, como saúde e educação, do nível de um país subdesenvolvido", lamentou Agostini.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na segunda-feira (26) que o Brasil precisará de 10 a 20 anos para alcançar o nível de vida dos europeus.

"Isto significa que vamos ter que continuar crescendo mais do que estes países (desenvolvidos), aumentar o emprego e a renda da população. Temos um grande desafio pela frente", admitiu.

No entanto, Mantega mostrou-se otimista. "O FMI prevê que o Brasil será a quinta economia (do mundo) em 2015, mas acho que isto ocorrerá antes", disse o ministro, destacando que o Brasil cresce duas vezes mais rápido que os países europeus.

"Por isso, é inexorável que passemos à França e no futuro, quem sabe, a Alemanha, se ela não tiver um desempenho melhor", afirmou.


Brasil

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bebê inglesa depende de aparelho para respirar enquanto dorme (Postado por Lucas Pinheiro)

“A maioria dos pais provavelmente adora ver seus baixinhos tirar uma soneca no meio do dia – mas, para nós, é aterrorizante”. É assim que o inglês Chris Wyse descreve o sentimento em relação à doença sofrida por sua filha de seis meses.

A pequena Jovie para de respirar quando adormece. A hipoventilação alveolar primária ou maldição de Ondina -- em referência a uma lenda da mitologia germânica -- é uma doença rara -- há cerca de 300 casos diagnosticados no mundo -- e vem de nascença.

O que mantém Jovie viva é um aparelho, um ventilador especial que se acopla à garganta da menina por meio de um tubo. Ela passa 21 horas por dia ligada ao aparelho e, por garantia, nunca pode ficar muito longe dele.

“O ventilador é a sua tábua de salvação, não podemos ir a lugar nenhum sem ele”, conta o pai. “É difícil brincar com ela e agir como uma família normal, porque sempre temos medo de que ela possa ficar com sono de repente e perder a respiração”.

Jovie nasceu prematura e teve de ficar no hospital até que se desenvolvesse. Mas logo os médicos desconfiaram de que havia algo errado com a respiração da menina e chegaram ao diagnóstico.

A criança foi submetida a uma traqueostomia – cirurgia que abre um espaço no pescoço para a entrada do tubo. Inicialmente, ficava o tempo todo acoplada ao ventilador. Hoje, ela já está em casa pode retirá-lo de vez em quando, mas ainda precisa de supervisão profissional durante a noite.

“Temos a esperança de que quando Jovie ficar maior e mais forte, não vá precisar do ventilador o tempo todo”, diz o pai. “No mínimo, ela sempre terá de usar uma máscara de ventilação para dormir, mas esperamos que ela consiga crescer e levar uma vida normal”, completa.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Após invasão de embaixada, Londres alerta Irã para 'sérias consequências' (Postado por Lucas Pinheiro)

O Reino Unido considerou o Governo iraniano responsável pela "falha muito grave" de segurança que permitiu invasões à embaixada britânica em Teerã nesta terça-feira (29), e alertou que o incidente acarretará "sérias consequências".

O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido recomendou que seus cidadãos evitem as viagens não essenciais ao Irã e pediu ao pequeno número de britânicos que se encontram nesse país que permaneçam em suas casas.

"Nós responsabilizamos o governo iraniano por falhar em tomar medidas adequadas para proteger nossa embaixada, como nós solicitamos. (...) Claramente haverá outras e sérias consequências", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague.

Em comunicado, o ministério afirmou que todo o pessoal britânico da embaixada em Teerã e suas famílias (um total de 24 pessoas) foi localizado e que agora tentam estabelecer o local onde se encontram todos os empregados de segurança da legação.

Estudantes radicais iranianos invadiram duas vezes nesta terça as instalações da embaixada do Reino Unido no país, em protestos contra as sanções britânicas a Teerã.

Mais cedo, dezenas de manifestantes já haviam invadido um dos prédios. Eles substituíram a bandeira britânica pela iraniana e chegaram a manter seis funcionários reféns, mas depois deixaram o local.

Os manifestantes protestavam contra as sanções de Londres a Teerã por causa de seu programa nuclear.

Hague deve fazer nesta quarta-feira (30) perante o Parlamento uma declaração sobre o Irã. Ele frisou que expressou ao seu colega iraniano de Exterior seu mais enérgico protesto e pediu ao Governo de Teerã que tome "medidas imediatas para garantir a segurança do pessoal britânico, a devolução das propriedades roubadas da embaixada e proteger de forma imediata o recinto".

A tensão entre Irã e o Reino Unido foi aumentando nos últimos dias depois que, na semana passada, Londres decidiu suspender todas as transações financeiras com os bancos iranianos, inclusive o Banco Central do Irã, por seu programa nuclear.

Há dois dias, o Parlamento iraniano ratificou por grande maioria uma lei para diminuir as relações com o Reino Unido no nível dos encarregado de negócios, o que representa a retirada dos embaixadores.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Britânico diz que derrame o fez largar noiva e virar gay (Postado por Erick Oliveira)

Um britânico que jogava rúgbi e estava noivo diz que um derrame mudou sua sexualidade. Chris Birch, de 26 anos, tentava dar um salto mortal de costas em frente a amigos em um campo, quando caiu, quebrou o pescoço e sofreu um derrame.
"Eu era gay quando acordei e ainda sou", disse ele à mídia britânica. "Sei que parece estranho, mas quando ganhei consciência, eu imediatamente me senti diferente. Eu não estava mais interessado em mulheres. Eu era definitivamente gay. Eu nunca tinha sentido atração por homens antes - eu nunca tive nem amigos gays."
Cabelereiro
Antes do acidente, Birch diz que passava os fins de semana assistindo a programas de esportes na TV e bebendo com amigos.
"De repente, eu passei a odiar tudo na minha vida antiga. Não me dava bem com meus amigos, odiava esporte e achava meu emprego (em um banco) chato", conta ele.
"Eu comecei a me preocupar mais com minha aparência, pintei o cabelo e comecei a malhar. Mudei de um skinhead de 120 quilos a um homem bem cuidado de 70."
Além de terminar o noivado e parar de jogar rúgbi, ele mudou de profissão: passou a ser cabeleireiro. Hoje, ele vive com o namorado em um apartamento em cima do salão onde trabalha.
Cérebro
Birch diz que seu neurologista explicou que o derrame pode ter aberto uma parte diferente de seu cérebro, explicação que é considerada aceitável pela Associação Britânica de AVC (Acidente Vascular cerebral).
"Durante a recuperação, o cérebro faz conexões neurais que podem despertar coisas das quais as pessoas não tinham consciência, como um novo sotaque, língua ou talvez uma sexualidade diferente", disse o porta-voz Joe Korner.
Apesar das mudanças em sua vida, Birch diz que não se arrepende da transformação. "Acho que sou mais feliz do que nunca."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Manifestantes anticapitalismo entram no clima de Halloween em Londres (Postado por Erick Oliveira)

Manifestante vestido de esqueleto, em referência ao Dia das Bruxas, protesta contra o G-20 (grupo dos países com as 20 maiores economias do mundo) em frente à Catedral de Saint Paul, em Londres, nesta segunda-feira.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mulher que tem 100 personalidades lança livro (Postado por Erick Oliveira)

Chegou hoje às livrarias britânicas a autobiografia da pintora Kim Noble. O livro, na verdade, está longe de ser uma autobiografia padrão, já que a própria Kim não se lembra de muita coisa de sua vida. Kim é o corpo – ou um nome na certidão de nascimento – que abriga mais de 100 personalidades. Ela sofre de um transtorno psiquiátrico chamado dissociativo, mais conhecido na linguagem popular como “múltiplas personalidades”. Kim ficou famosa na Inglaterra há alguns anos, quando suas personalidades começaram a pintar quadros como forma de revelar seus traumas e aflições. O caso de Kim repercutiu até Estados Unidos, onde ela deu uma entrevista à Oprah Winfrey no ano passado. Agora, mais de dez anos depois de muita terapia para conciliar todos os perfis que habitam a mente de Kim, ela conseguiu reunir seus fragmentos de memória para tecer sua própria história no livro “All of Me: My Incredible Story of How I Learned to Live with the Many Personalities Sharing My Body”. Um livro para contar a história de tanta gente não poderia ter um nome menor. Na tradução para o português seria algo do tipo: Tudo sobre mim – minha incrível história de como aprendi a conviver com as múltiplas personalidades que compartilham o meu corpo).
Os medicos e terapeutas que atendem Kim acreditam que o transtorno dissociativo tenha sido causado pelos sucessivos abusos que ela sofreu na infância. Seus pais eram operários e Kim era freqüentemente deixada com pessoas desconhecidas. Sua mente teria se fragmentado para se proteger do trauma do abuso. Muitas das personalidades não se lembram das violências, outras, como Ria Pratt, uma menina de 12 anos, retratam cenas chocantes por meio das pinturas. Patrícia, atualmente o perfil dominante, diz ser feliz porque não lembra dos abusos. É Patrícia quem está no comando de Kim na maior parte do dia. É ela quem cuida de Aimee, a filha de 14 anos de Kim. Mas, na hora das refeições, quem aparece é Judy. A personalidade de 15 anos se acredita gorda e tem problemas para comer. Dentro de Kim vivem até homens. Um deles é Ken, de 21 anos, gay.
Cada um dos perfis de Kim não tem conhecimento da existência dos outros – com exceção de Patrícia, que aceita ter o transtorno dissociativo. Mas isso não significa que ela se lembre do que acontece quando é outro perfil que está no comando. Isso pode causar uma série de problemas a Kim: uma personalidade pode mudar o celular de lugar e a outra não irá encontrá-lo, uma marca consulta com um médico, mas a que está no comando no horário do compromisso não sabe que tem uma consulta. Kim diz que já deixou bilhetes pela casa com recados para as personalidades. Mas frequentemente encontra respostas do tipo “Cuide de sua própria vida”. Kim, ou melhor, Patrícia, que é quem falar por ela boa parte do tempo, diz que as trocas de personalidade acontecem de três a quatro vezes por dia.
A história de Kim foi marcada por sucessivas internações em hospitais psiquiátricos. Ela só recebeu o diagnóstico de transtorno dissociativo quando tinha 34 anos. A notícia, conta, foi um alívio. Ela já havia recebido tratamento para depressão, esquizofrenia e alguns outros transtornos dos manuais de psiquiatria. Desde que começou a tratar as múltiplas personalidades, não passou por nenhuma internação e parou de tomar remédios. Ela diz que a terapia foi fundamental para aprender a conciliar os múltiplos perfis. Para agendar horários e entrar em contato com a terapeuta, cada personalidade tem sua própria conta de e-mail com uma senha.
Mesmo em meio a essa confusão de perfis, Kim encontrou forças para lutar pela guarda da filha, retirada pela Justiça assim que Aimee nasceu. Ela foi devolvida seis meses depois. A Justiça achava que Kim que não teria condições de criar uma criança. Quem deu a luz à Aimee foi a personalidade Dawn, que ficou traumatizada com a perda da guarda e continua “vivendo” no ano do nascimento de Aimee, 1997, em busca da filha. Ela acha que a Aimee, hoje uma adolescente de 14 anos, é filha de uma amiga. Quando Aimee era criança, foi Hayley, uma super mãe, que se tornou a personalidade dominante naquela época.
Imaginem o que deve ter sido para Aimee crescer com tantas mães! Ela diz estar perfeitamente acostumada e conhece melhor do que ninguém cada uma das personalidades. Kim diz que tem certeza de que nenhum de seus perfis seria capaz de fazer a mal à sua filha porque eles apareceram justamente como uma forma de proteção durante a infância de Kim.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Irmãs recebem diagnóstico de câncer na mesma semana na Inglaterra (Postado por Erick Oliveira)

As irmãs Hayley Todd e Leanne Barber, da região de Cumbria, no norte da Inglaterra, venceram juntas o câncer após um período de 48 horas entre os diagnósticos de cada uma delas. As informações são da agência Barcroft Media.
Hayley, de 22 anos, e Leanne, de 29, receberam a notícia em outubro de 2010. Três semanas antes do diagnóstico conjunto, as duas, por coincidência, assistiram ao filme “Uma Prova de Amor”, que mostra a história de uma paciente com câncer, acompanhada de perto por sua irmã durante o tratamento.
Leanne recebeu o diagnóstico de que estava com leucemia após o aparecimento de pequenos hematomas em seus braços e pernas. Dois dias depois, foi a vez de Hayley saber que estava com linfoma de Hodgkin.
Com a ajuda da mãe, as irmãs lutaram e as doenças de ambas estão controladas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

John Galliano é multado em 6 mil euros por insultos antissemitas (Postado por Erick Oliveira)

Uma corte francesa multou o estilista inglês John Galliano em 6 mil euros (quase R$ 14 mil) depois de julgá-lo culpado por uma série de declarações antissemitas. Ele recebeu duas multas: uma de 2 mil e outra de 4 mil euros, por incidentes em outubro de 2010 e fevereiro de 2011, respectivamente.

A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (8).

O julgamento do estilista começou em junho, depois de ele ter sido detido pela polícia francesa em fevereiro. Na ocasião, foi acusado por um casal de fazer comentários racistas.

Junto à publicação de um vídeo em que o estilista diz amar Hitler, o incidente provocou o estouro de um escândalo e sua demissão do cargo de diretor da grife parisiense Dior.

Nascido em Gibraltar, em 1960, John Galliano comandava a marca desde 1996. Filho de um encanador inglês e de uma espanhola, foi considerado um dos estilistas mais inventivos de sua época, com criações ousadas e extravagantes.

Galliano se formou na famosa Saint Martin's School of Art de Londres, de onde saíram alguns dos estilistas mais importantes do século XX. Ele começou desfilando na Semana de Moda londrina. Em 1987, venceu o prêmio de melhor estilista britânico do momento. Mudou-se para Paris Em 1993, onde vive desde então.Dois anos mais tarde, foi contratado pelo presidente da prestigiosa LVMH, Bernard Arnault, como diretor de criação da Givenchy, outra das marcas de luxo mais célebres do mundo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Garoto britânico conta como sobreviveu a ataque de urso-polar (Postado por Erick Oliveira)

Um jovem britânico de 16 anos relatou à BBC como sobreviveu por pouco a um ataque de um urso-polar, em episódio que resultou na morte de um de seus colegas durante uma expedição ao Ártico norueguês no início de agosto.
Patrick Flinders disse que ele e seus colegas de viagem, membros da Sociedade Britânica de Expedição Escolar (BSES, na sigla em inglês), estavam dormindo em um acampamento quando ouviram sons de rasgos nas barracas que os abrigavam.
'Pensamos que era alguma brincadeira, então voltamos a dormir. Até que (o urso) rasgou a barraca, que desabou. Começamos a gritar', contou Patrick, que chegou a ser agarrado pelo urso e bateu nele para tentar se salvar.
'O urso me arranhou e mordeu minha cabeça, enquanto eu batia nele para tentar me livrar, senti meu crânio partindo', relatou o jovem. 'Ouvi Scott (um dos jovens presentes na expedição) correr, daí o urso me largou e eu ouvi um tiro.' O disparo, feito por um dos líderes da expedição, matou o urso.
Horace Chapple, de 17 anos, um dos integrantes do grupo, morreu durante o ataque. Além de Patrick, três pessoas ficaram feridas.
Trauma
Patrick disse que sofreu fraturas no crânio, no maxilar, teve parte de sua orelha arrancada e que ainda carrega hematomas e marcas de mordidas no corpo.
Questionado sobre como está se recuperando do trauma, ele disse que, tem simplesmente tentado conversar a respeito. Mas, 'quando estou sozinho, revejo (o ataque) na minha mente'.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

William e Kate visitam cidade atingida por distúrbios na Inglaterra (Postado por Erick Oliveira)

O príncipe William e sua esposa Kate visitaram nesta sexta-feira (19) a cidade de Birmingham, no centro do Reino Unido, onde três muçulmanos foram mortos na semana passada durante a onda de violência que atingiu várias cidades da Inglaterra durante quatro dias.
O duque e a duquesa de Cambridge conversaram com os pais dos jovens que foram atropelados por um carro em 9 de agosto, quando ajudavam a proteger as lojas e mesquitas de seu bairro dos saques.
Também se reuniram com chefes dos serviços de emergência, autoridades, empresários e vizinhos de um centro comunitário situado no bairro de Winson Green, perto do local da tragédia.
A visita de William a esta cidade do centro da Inglaterra é a terceira de um membro da família real a uma zona atingida pelos distúrbios.
Na quarta (17), o príncipe Charles percorreu vários bairros de Londres junto com sua esposa Camila, entre eles Tottenham, onde, em 6 de agosto, explodiu a onda de violência, e na quinta-feira foi a vez de seu irmão mais novo, Harry, que esteve com policiais, bombeiros e paramédicos em Manchester (noroeste).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Polícia britânica prende repórter de Hollywood por escuta ilegal (Postado por Erick Oliveira)

A polícia britânica que investiga um escândalo de escutas ilegais do extinto tabloide "News of the World", do magnata Rupert Murdoch, prendeu um importante repórter do jornal que cobria Hollywood, James Desborough, disse uma fonte próxima à investigação.
A polícia disse que prendeu um homem de 38 anos, suspeito de conspirar para interceptar comunicações, depois de ele se apresentar a uma delegacia no sul de Londres na manhã de quinta-feira (18), com hora marcada.
Desborough entrou para o "News of the World" em 2005 como repórter de showbusiness e geral, e foi promovido a editor nos Estados Unidos, com base em Los Angeles, em 2009. Ele trabalhava para o tabloide de Murdoch até o fechamento deste no mês passado.
O site do jornal "The Guardian" disse que as alegações estavam possivelmente relacionadas aos eventos antes de Desborough ter sido enviado para os Estados Unidos.
Agências americanas estão investigando se as atividades de escutas ilegais de telefone do News of the World se estenderam para os Estados Unidos. Até agora não encontraram evidências de que isso tenha ocorrido.
Essa é a 13ª prisão este ano em um inquérito que abalou a empresa do News of the World, a News Corp., de Murdoch, e teve implicações para o establishment britânico.
Uma porta-voz do ramo de jornais britânicos da News Corp., a News International, disse que a empresa estava cooperando totalmente com a polícia e que não poderia fazer mais comentários por causa da investigação policial.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ex-repórter publica carta com novas denúncias contra o News Inc. (Postado por Erick Oliveira)

O magnata Rupert Murdoch, dono do conglomerado de mídia britânico News Inc., o filho dele, James Murdoch, e o ex-editor Andy Coulson, que trabalhava no grupo, enfrentam sérias novas acusações no caso das escutas ilegais do tabloide "News of the World", após uma carta bombástica de um ex-repórter do tabloide ser publicada nesta terça-feira (16), de acordo com o jornal britânico "The Guardian".
A carta de Clive Goodman, que fazia cobertura exclusiva da família real britânica para o tabloide, teria sido escrita quatro anos atrás, mas só agora veio à tona. O texto afirma que as escutas telefônicas ilegais eram "vastamente discutidas" nas reuniões editoriais do "NOTW", até que o próprio Goodman baniu que fossem feitas novas referências à prática.
Ele também teria escrito que recebeu a proposta de manter seu emprego caso concordasse em não denunciar o jornal quando fosse à corte, e que escutas ilegais foram feitas "com o total conhecimento e apoio" de outros jornalistas seniores.
As acusações podem trazer complicações ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que contratou Goodman após a saída dele do tabloide e depois alegou que o fez porque Goodman nada sabia sobre o caso das escutas.
A firma de advocacia dos Murdoch fez uma carta em resposta às acusações, dizendo que elas dificilmente teriam qualquer crédito, que falam em benefício próprio de Goodman, e que seu conteúdo é "impreciso e enganoso.
As cartas de Goodman e da firma de advocacia foram publicadas nesta terça (16), em meio a outros documentos, pelo comitê de cultura, mídia e esportes do Parlamento Britânico. O parlamentar Tom Watson, um dos membros do comitê, disse em entrevista ao "The Guardian" que o conteúdo é "absolutamente devastador".
"A carta de Clive Goodman é a peça mais importante de evidência revelada até o momento. Ela remove qualquer defesa da News International (braço da News Inc. responsável pelos jornais do grupo). Esta é uma das maiores encobertas que já vi na vida", afirmou.
O texto de Goodman está datada em 2 de março de 2007, pouco depois de o autor ser libertado de um período de quatro meses na prisão. Ele era endereçado ao diretor de recursos humanos da News International, Daniel Cloke, e registrava sua indignação contra a decisão da companhia em demiti-lo por conduta inadequada quando ele admitiu ter interceptado mensagens telefônicas de três membros da família real, o que lhe rendeu o período preso.
Pagamento
Segundo o jornal britânico, a companhia de Murdoch enfrenta uma nova queixa, de que teria tentado enganar o parlamento ao afirmar que Goodman não recebeu mais do que 60 mil libras na ocasião de sua demissão. Os documentos publicados pela comissão mostram, no entanto, que o ex-repórter teria recebido mais de 240 mil libras, referentes a um ano de salário, compensação e custos de advocacia.
Os advogados dos Murdoch afirmam desde o início que o valor pago não se tra tratava de dinheiro para comprar o silêncio de Goodman.

domingo, 14 de agosto de 2011

O berço neoliberal: a Inglaterra de Tatcher a Tottenham (Carta Maior)

Os distúrbios de rua que sacudiram Londres e outras cidades inglesas nos últimos dias representam mais um capítulo da jornada de protestos que vem atingindo diversos desde o final de 2010. Dos protestos no Egito aos saques em Londres, há um percurso que, se por um lado apresenta diferenças e características próprias a cada país, por outro, trazem um elemento comum: a crise econômica e financeira internacional iniciada em 2008 está cobrando seu preço. O fracasso retumbante do modelo neoliberal de desregulamentação e enfraquecimento do Estado aparece nas ruas hoje como falta de emprego, moradia, vida digna e perspectiva de futuro. Não é irrelevante o fato de que esse modelo que agora sangra nas ruas nasceu em larga medida da Inglaterra de Margaret Thatcher. Conforme mostra matéria do correspondente da Carta Maior em Londres, Marcelo Justo, os protestos dos últimos dias não começaram em Tottenham por acaso: Tottenham é a zona com o maior nível de desemprego de Londres e uma das dez mais pobres do Reino Unido. Com 75% de cortes no orçamento do bairro, desapareceram os clubes juvenis, essenciais durante o verão e as férias escolares. Com tanto tempo livre nas mãos, com uma desigualdade onde as receitas dos mais ricos cresceram 273 vezes mais que as dos mais pobres, em uma sociedade na qual o dinheiro se converteu em valor supremo, surpreende realmente que estes fatos ocorram?

Distúrbios de rua são novo golpe para David Cameron
Os distúrbios se converteram em uma prova de fogo para o governo de David Cameron, que já havia sido atingido pelo escândalo das escutas telefônicas e pela crise econômica. Em uma tentativa de recuperar a iniciativa em uma crise que o encontrou em férias na Toscana, o primeiro ministro indicou que estavam estudando medidas para impedir que se usem as redes sociais para incitar a “violência, desor dem ou atos criminosos”, o aumento das penas e um sistema para avançar com programas contra a cultura das gangues violentas. A reportagem é de Marcelo Justo, correspondente da Carta Maior em Londres.
> LEIA MAIS | Internacional | 11/08/2011
Distúrbios em Londres: os limites da linha dura
Tottenham, ponto de partida dos distúrbios no sábado passado, é a zona com o maior nível de desemprego de Londres e uma das dez mais pobres do Reino Unido. Com 75% de cortes no orçamento do bairro, desapareceram os clubes juvenis, essenciais durante o verão e as férias escolares. Com tanto tempo livre nas mãos, com uma desigualdade onde as receitas dos mais ricos cresceram 273 vezes mais que as dos mais pobres, em uma sociedade na qual o dinheiro se converteu em valor supremo, surpreende realmente que estes fatos ocorram?
> LEIA MAIS | Internacional | 12/08/2011
Londres: por que aqui, por que agora?
Por que são sempre as mesmas áreas que se insurgem primeiro, o que quer que seja a causa? Pura coincidência? Estará relacionado com a raça, a classe, a pobreza institucionalizada e a tristeza da vida difícil do dia-a-dia? Não importa o Partido, não importa a cor de pele do deputado, eles reproduzem sempre os mesmos clichês. O artigo é de Tariq Ali.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/08/2011
"Violência dos últimos dias é uma questão social"
O lojista Ken Smith tem a sua explicação para os protestos que fizeram o mundo todo virar os olhos para Londres, embora ela não seja simples. Para ele, há diversas causas escondidas no que muitos vêem apenas vandalismo e que começou sábado (6) como um protesto legítimo contra o suposto assassinato de um homem por agentes da Scotland Yard, a polícia britânica, na quinta-feira pass ada, no bairro de Tottenham, que registra altos índices de desemprego.
> LEIA MAIS | Internacional | 10/08/2011
Explode panela de pressão social nos subúrbios de Londres
Rebelião, quebra-quebra e saques nos arredores de Londres certamente não tem nada de organizados, mas são alguns dos primeiros sintomas a emergir da austeridade, da crise e do desemprego que assola a Grã-Bretanha. Uma semana antes dos eventos que entram para a história de Londres como as piores rebeliões em quase três décadas, um jovem negro da comunidade de Tottenham alertava, em um ví ;deo produzido pelo The Guardian, para a grande panela de pressão que tinham se tornado, principalmente, as ruas dos subúrbios londrinos. A reportagem é de Wilson Sobrinho, direto de Londres.
> LEIA MAIS | Internacional | 08/08/2011
Multidão protesta em Londres contra cortes nos serviços públicos
Mais de 300 mil pessoas foram às ruas da capital britânica neste sábado para se opor aos planos do governo de cortes de gastos públicos, na maior manifestação popular do gênero em décadas. “Eu nasci em 1945, no final da guerra, então eu cresci com educação pública e gratuita, eu fui para a universidade, eu tive acesso à saúde pública por t oda minha vida e tudo isso agora está indo com os planos do governo, que são um assalto ideológico à esfera pública”, disse à Carta Maior a professora Harriet Bradley, da Universidade de Bristol.
> LEIA MAIS | Internacional | 27/03/2011
A morte da Europa Social
A história da Europa dependerá de como ela lidará com esta crise; se segue o curso pacífico do benefício mútuo e prosperidade econômica tão apreciados nos manuais de ciência econômica, ou se segue a espiral baixista da austeridade, que tanto tem tornado impopulares os planejadores do FMI, nas economias devedoras. É nesse barco que a Europa embarcará? Esse é o destino do projeto de uma Europa social, de Jacques Delors? É isso o que os cidadãos da Europa esperavam, quando adotaram o euro? Há uma alternativa, nem é preciso dizer. É que os credores do cume da pirâmide econômica arquem com as perdas. O artigo é de Michael Hudson e Jeffrey Sommers.
> LEIA MAIS | Economia | 15/02/2011
Nova onda de ativismo político cresce na Inglaterra
Uma nova onda de ativismo político cresce na Inglaterra como resposta aos planos de austeridade do governo conservador de David Cameron. Organizadores da Marcha para a Alternativa esperam atrair dezenas de milhares de ativistas de todo o país para o centro de Londres, no dia 26 de março, para pedir mudança nos planos do governo de rápidos e profundos cortes nos gastos públicos, os maiores desde a Segunda Guerra. Coalizão entre Conservadores e liberais democratas anunciou cortes de 80 bilhões de libras no orçamento dos próximos quatros anos. O artigo é de Wilson Sobrinho.
> LEIA MAIS | Internacional | 06/02/2011
Inglaterra: castiguem os ricos, não os desempregados
Os conservadores lançaram um ataque brutal às pessoas desempregadas para desviar as críticas dos verdadeiros parasitas: os ricos. Na semana passada, o governo anunciou que os desempregados que solicitam auxílio deverão realizar trabalhos não remunerados: caso se neguem a fazê-lo, perderão o subsídio. Os chefes e a imprensa da direita estão encantados. O Daily Mail anunciou com a legria: “Em uma nova ofensiva contra os parasitas sociais, os desempregados irresponsáveis terão que participar de um programa de trabalho exigente, estilo EUA, que incluirá a obrigação de realizar trabalhos de jardinagem, limpeza de lixo e outras tarefas manuais por apenas 1 libra a hora”. O artigo é de Viv Smith.
> LEIA MAIS | Internacional | 16/11/2010
O ocaso da “Terceira Via”
A auto-intitulada “Terceira Via”, em sua tentativa de estabelecer “diálogos” com o neoliberalismo terminou engolida por este. O Trabalhismo inglês não foi capaz de preparar o país para resistir à crise mundial, que arrasou importantes instituições britânicas e ampliou o desemprego e a miséria. Economicamente, além de não blindar a economia brit&acir c;nica, também conduziu o país num ritmo de crescimento que só fez reduzir sua relevância na economia global, reforçando a centralidade da economia alemã no contexto europeu. O artigo é de Tarso Genro e Vinicius Wu.
> LEIA MAIS | Política | 18/05/2010
A exumação do discurso neoliberal na mídia
A endogamia entre a mídia brasileira e as forças políticas do conservadorismo, uma parceria que impôs ao país uma agenda "de reformas" para liberar os mercados e submeter a sociedade, não é um fato isolado e ocorreu em praticamente toda a América Latina. Em 2003, por exemplo, a revista Veja publicou uma edição especial saudando os "campeões do neoliberalismo", Margareth Thatcher e Friedrich von Hayek.
> LEIA MAIS | Economia | 13/10/2008